quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Paquera na academia

Muitos dizem que o melhor local para um flerte é a balada, outros afirmam que não há nada melhor do que um barzinho. Ao observar alunos e professores de uma academia em Santo André, tirei conclusões rápidas: a academia é um local badaladíssimo para paqueradores de plantão.
Com sua calça legging, pronta para atear fogo nos rapazes mais aflitos, a loira está com problemas para levantar a barra de peso. O musculoso ao lado presta atenção em cada movimento, é cauteloso e perspicaz. Logo ele se oferece para ajudar e já puxa um assunto que formulou à exatos momentos atrás. Ela dá um sorriso, o que mostra que o galanteador está no caminho certo. Papo vai, papo vem, a tigela de açaí acaba e os dois saem juntos. Depois disso só Deus sabe as peripécias pelas quais passaram.
Os professores também não fogem da brincadeira do amor. Eles levam mais vantagens por entenderem tudo sobre ginásticas, aquecimentos e afins. Uma mulher que já aparentava uns 40 anos se derretia para o lado do 'profi', como ela o chamava com tal ternura.
E as gordinhas não ficam para trás. Ao contrário, atacavam suas presas com ferocidade. No ritmo das músicas eletrônicas que rolavam na rádio FM, elas fazem suas aulas de Body Combat já olhando o moço lá na frente, como se este fosse um delicioso quindim. Quando o show termina, elas se atracam aos abraços com o cobiçado do dia. Sorte a deles.
Não tem como fugir do luxo, daquela olhadinha para o lado, aquela conversa mais descontraída, a brincadeirinha de apertar a barriga do parceiro de aula. Muitos relatam que a 'pegação rola solta'. Além disto, existem muitas histórias que não devem ser relatadas (talvez em outra oportunidade).
A barra de cereais está acabando e tenho que voltar para a sessão de esteira. E que a paquera continue rolando solta, afinal, os musculosos também amam.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Entre pokémons e negócios


Que a série pokémon, criada por Satoshi Tajiri, foi uma das maiores fontes de lucro da empresa Nintendo ninguém pode discutir. A febre dos monstrinhos no oriente e ocidente realmente foi um surto (deixou para trás a fraca gripe suína). Criancinhas pediam mais e mais. Bonecos, lancheiras, pelúcias e um pelotão de produtos. Quando se notava lá estava o selo dourado: "Nintendo". Os games dos montrinhos de bolso vieram primeiro, estreando no Game boy, console portátil. A venda de todos os jogos lançados até agora ultrapassam a casa dos 180 milhões de unidades vendidas.
O primeiro cartucho de pokémon que tive em mãos foi a versão "yellow", na qual o simpático Pikachu segue você o tempo todo. No começo apanhei um pouco, mas foi apenas questão de semanas para aquilo se tornar um vício. Capturar, lutar, capturar, ganhar insígnias e capturar mais um pouco, esse era o estilo. A garotada ficava fissurada na escola com cards, figurinhas e game boys. O pau comia mais solto ainda quando pintava um cabo link, que podia conectar dois videogames para batalhas insanas.
Enquanto os olhos de crianças (e adultos, acreditem se quiser) brilhavam com aquela nova cultura pop, a Nintendo enchia os cofrinhos com bilhões e bilhões. Surgiram concorrentes, a exemplo dos Digimons, no entanto não tiveram um impacto semelhante. Nada se comparava aos cinemas lotados quando lançava o primeiro filme.
Hoje, a série Pokémon perdeu as forças, embora os games continuem sumindo das prateleiras. O pessoal da velha guarda afirma que pokémon deveria ter acabado na segunda temporada. Outros afirmam que a série deveria acabar depois da primeira fase e depois ser eternizada. Fato é que, a série ainda existe e agora quem exibe é a RedeTv, que chegou a reprisar os episódios antigos (para aqueles que gostam de uma boa nostalgia). Mesmo sem o mesmo brilho de antigamente, a margem de lucro tem que permanecer. O negócio é: "TEMOS QUE PEGAR, TEMOS QUE PEGAR!!!"